Quieto não doía
o vazio que eu tinha.
Mal me acostumara,
mal percebia.
Afina, o que eu era?
Quase uma mentira.
O vazio
que eu tinha,
ninguém mais sentia,
nem mesmo eu sei,
ao certo, o que eu queria.
Quando te vi,
notei o quanto te queria.
O vazio que me possui
agora fere e consome,
notei que perderia, talvez,
uma vida.
Quando sentia a tua paz,
meu vazio,
aos poucos,
se desfazia,
Não importa o que eu tente:
é que meu vício agora,
é a tua alegria.