quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Poema do Vício

Quieto não doía
o vazio que eu tinha.
Mal me acostumara,
mal percebia.
Afina, o que eu era?
Quase uma mentira. 

O vazio
que eu tinha, 
ninguém mais sentia,
nem mesmo eu sei, 
ao certo, o que eu queria.

Quando te vi,
notei o quanto te queria.
O vazio que me possui
agora fere e consome,
notei que perderia, talvez,
uma vida.

Quando sentia a tua paz,
meu vazio, 
aos poucos, 
se desfazia,
Não importa o que eu tente:
é que meu vício agora,
é a tua alegria.